Madri (EFE).- O Banco Santander obteve no Brasil um lucro líquido atribuível de 469 milhões de euros entre janeiro e março deste ano, 25,2% a menos que no mesmo período de 2022, em parte devido a maiores provisões realizadas e também pelo efeito da inflação, informou a instituição nesta terça-feira.
Desta forma, o Brasil manteve por pouco a primeira posição no ranking dos países que mais contribuem para as contas globais do grupo bancário espanhol, que possui uma presença significativa nas Américas.
O Brasil é seguido de perto pela Espanha, onde o grupo obteve 466 milhões de euros – 27,7% a mais que no primeiro trimestre de 2022 – graças ao aumento das receitas, favorecidas pela alta dos juros e pela captação de clientes.
O Santander lucrou 2,571 bilhões de euros em todo o mundo até março, apenas 1% a mais que no primeiro trimestre do ano anterior, depois de pagar 224 milhões de euros pelo imposto extraordinário sobre o setor na Espanha e também devido a maiores provisões, que não compensaram totalmente as maiores receitas obtidas após o aumento das taxas de juros.
Na América do Sul, onde, além do Brasil, o Santander atua em Chile, Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia, o banco lucrou 790 milhões de euros no primeiro trimestre, 12,2% a menos que em 2022, devido a maiores custos e provisões que se sobressaíram ao crescimento das receitas, segundo o banco.
No Brasil, os empréstimos e adiantamentos a clientes cresceram para 90,396 bilhões de euros, enquanto os depósitos aumentaram 5,3%.
De acordo com o banco, o aumento de 5% nas receitas por comissões não compensou a queda de 6% na margem de juros. EFE