Lima (EFE).- Autoridades do Peru começaram a analisar nesta sexta-feira a situação dos migrantes que tentam entrar em seu território através da fronteira com o Chile, com o envio de funcionários da Superintendência de Migração que dão prioridade aos casos envolvendo crianças, mulheres grávidas e idosos.
Os funcionários chegaram à fronteira, que é vigiada por agentes da Polícia Nacional Peruana (PNP) para evitar a passagem irregular de migrantes, e começaram a atender grupos de 20 pessoas, segundo o “Canal N” de televisão.
Os agentes da PNP verificaram e deram acesso prioritário ao posto de controle a pessoas com crianças, mulheres grávidas e idosos, cujos documentos e situação migratória começaram a ser verificados individualmente.
Até o momento, não foi comunicado se, após este controle, os migrantes já controlados serão autorizados a passar imediatamente ou como continuarão o procedimento.
No início, formaram-se longas filas e houve algumas queixas por parte dos migrantes, mas a situação se acalmou quando os funcionários pediram respeito à prioridade dada às pessoas vulneráveis, assim como para os migrantes serem pacientes depois de terem esperado vários dias na região.
Esta ação ocorreu horas após o ministro do Interior, Vicente Romero, ter chegado à região de Tacna, na fronteira com o Chile, juntamente com o comandante-geral da PNP, general Jorge Angulo, e o superintendente nacional de Migração, Armando García.
Romero confirmou nesta sexta-feira à estação de rádio “RPP” que a polícia vai trabalhar em conjunto com as Forças Armadas, e disse que “não será permitida nenhuma entrada ilegal ou agressão contra a polícia”.
“Todos os estrangeiros que não tiverem a documentação adequada para entrar no país serão rigorosamente controlados”, enfatizou.
Reiterou, no entanto, que os ministérios das Relações Exteriores de Peru e Chile trabalham em uma proposta de implementação de um corredor humanitário, uma vez que a intenção é que os priorizar os direitos das pessoas retidas na zona de fronteira.
Após os confrontos e as entradas ilegais em território peruano registrados na quinta-feira, a situação no local permanecia calma na manhã desta sexta-feira, embora centenas de migrantes permanecessem na zona.
A imprensa local revelou que, do lado peruano da fronteira, a presença de agentes da PNP foi reforçada com membros das suas forças especiais, vestidos com uniformes de camuflagem.
Além disso, espera-se que as Forças Armadas sejam mobilizadas e autorizadas a reforçar o trabalho de controle e vigilância das fronteiras efetuado pela polícia.
O ministro da Defesa, Jorge Chávez, detalhou que “as Forças Armadas atuarão para garantir o cumprimento das Cartas de Segurança e das regras entre os países fronteiriços”, embora se localizarão “a partir de 100 metros da linha de fronteira para trás, estabelecendo patrulhas em pontos críticos onde se verifica a entrada ilegal de imigrantes ilegais”. EFE