A presidente do Santander, Ana Botín. EFE/Arquivo

Santander investirá 400 milhões de euros em educação e geração de empregos até 2026

Valência (EFE).- A presidente do Banco Santander, Ana Botín, anunciou nesta terça-feira, que a companhia espanhola investirá 400 milhões de euros (aproximadamente R$ 2,2 bilhões) em educação, geração de empregos e empreendedorismo entre 2023 e 2026. Durante a abertura do V Encontro Internacional de Reitores Universia, em Valência, que contou com a presença do presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, a executiva destacou que está convencida de que “não há investimento social melhor do que o feito em educação”.

“As sociedades que mais investem em educação crescem de maneira sustentável, são mais abertas e diversas, criam mais oportunidades para todos e enfrentam melhor a solução de conflitos e os desafios do futuro”, defendeu Botín, segundo um comunicado.

Ela também recordou que nos últimos 26 anos a instituição financeira destinou mais de 2,2 bilhões de euros (cerca de R$ 12 bilhões) ao ensino superior através de bolsas de estudo, programas de formação contínua e acordos com mais de 1,5 mil instituições em 25 países, impactando mais de 1 milhão de estudantes.

“A formação ao longo da vida é uma demanda social e empresarial; não é um luxo, é uma necessidade”, acrescentou a empresária.

Por sua parte, o mandatário espanhol discursou a favor da organização de novos fóruns para a ciência e o conhecimento como forma de combate às narrativas negacionistas e apocalípticas e às tentativas de erguer fronteiras, e qualificou a educação e o conhecimento como as forças motrizes do desenvolvimento econômico e social. Sánchez argumentou que a universidade deve estar no centro dos esforços para promover a transformação digital e a reindustrialização, e destacou a importância da aprendizagem ao longo da vida, da mobilidade internacional dos estudantes e da ciência aberta. Por outro lado, o político defendeu que a perspectiva de gênero deve ser aplicada às disciplinas mais disruptivas para que as mulheres possam fazer ciência “sem ter que pagar pedágios ou fazer sacrifícios” e para que haja uma redução da diferença salarial.

14 países reunidos em Valência

O V Encontro Internacional de Reitores Universia reuniu em Valência 700 reitores de 14 países, incluindo 100 instituições de ensino brasileiras, para debater sobre “Universidade e Sociedade”. As conclusões das discussões entre esses especialistas, que representam 14 milhões de estudantes da Europa, da América Latina e dos Estados Unidos, serão convertidas na Declaração de Valência. O documento será apresentado na quarta-feira e reunirá o compromisso dos reitores para o desenvolvimento das universidades, estabelecendo diversas linhas de atuação que contribuam “para o progresso da sociedade”. Nesse sentido, o senior head do Santander Universidades no Brasil, Marcio Giannico, ressaltou através de um comunicado que as discussões ocorridas nos fóruns internacionais podem trazer soluções comuns aos desafios de diferentes países.

“O Brasil tem instituições de alto nível e potencial. Seguiremos oferecendo todo o apoio que estiver ao nosso alcance para ajudá-las na superação desses desafios, trazendo um legado de impacto social positivo por meio da educação e da promoção da empregabilidade e do empreendedorismo”, afirmou o executivo.

Já a  CEO da Universia Brasil, Daniela Neves, acrescentou que as instituições de ensino superior devem oferecer as ferramentas necessárias para fomentar a empregabilidade e a inclusão produtiva dos quase 9 milhões de estudantes brasileiros matriculados.

“Queremos que as universidades sejam cada vez mais espaços onde o jovem encontras as condições para reescrever seu futuro e ocupar seu lugar no mercado de trabalho, muitas vezes mudando O patamar de renda de sua família, e gerando a mobilidade social de que nossa sociedade precisa tanto”, concluiu ela.

O V Encontro Internacional de Reitores Universia dá sequência aos encontros anteriores de Salamanca (Espanha), em 2018; Rio de Janeiro, em 2014; Guadalajara (México), em 2010; e Sevilha (Espanha), em 2005. EFE