Smoke rises from Gaza City following Israeli air strikes, 10 May 2023. EFE/EPA/HAITHAM IMAD

Sobe para 22 o número de mortos por bombardeios israelenses em Gaza desde ontem

Jerusalém/Gaza (EFE).- Ao menos sete palestinos, dois deles menores de idade, morreram nas últimas horas na Faixa de Gaza como resultado de intensos bombardeios realizados por aeronaves israelenses, o que elevou nesta quarta-feira para 22 o total de mortes nessas circunstâncias desde ontem, incluindo a de 13 civis.

Além disso, quase 50 pessoas ficaram feridas devido aos bombardeios, sendo cerca de 20 apenas hoje, segundo a contagem oficial do Ministério da Saúde palestino.

Após o “assassinato seletivo” – como descreve Israel – de três funcionários de alto escalão da Jihad Islâmica Palestina (JIP) em Gaza, Israel voltou hoje a atacar alvos militares desse grupo que o país considera terrorista. Por sua vez, milícias palestinas em Gaza responderam com o lançamento de quase 300 foguetes em direção ao território israelense.

Menores mortos em ataques

Um menino de cinco anos foi morto por mísseis de Israel em um povoado beduíno no norte de Gaza, e uma menina de dez anos foi morta na cidade de Gaza. Desta forma, subiu para seis o número de menores mortos nesses confrontos desde ontem.

Um civil de 20 anos também morreu na cidade de Gaza devido a bombardeios do exército israelense que visam desmantelar a estrutura militar da Jihad Islâmica, grupo considerado terrorista também por Estados Unidos e União Europeia.

Dois homens foram mortos em Rafah e outros dois em Khan Younis, ambas cidades do sul de Gaza. Depois de relatos confusos sobre se os quatro eram ou não combatentes, o braço armado da Frente Popular de Libertação da Palestina confirmou que todos eram seus integrantes.

A Câmara de Operações Militares Conjuntas, que reúne as facções armadas palestinas em Gaza – incluindo a Jihad e o movimento islâmico Hamas – advertiu que Israel “pagará o preço de sua agressão”, e a resposta veio hoje com o lançamento de quase 300 foguetes em território israelense, que fizeram soar alarmes no sul do país e na região de Tel Aviv.

“Os ataques da resistência unificada fazem parte do processo de resposta ao massacre perpetrado pela ocupação sionista e fazem parte da sua defesa do nosso povo palestino. A resposta da resistência é obrigatória e constante contra qualquer agressão”, disse hoje o porta-voz do Hamas, Abd al Latif all Qanou, em Gaza, sobre a resposta conjunta que pode levar a outra escalada bélica. EFE