Janet Yellen nesta quinta-feira em Niigata, no Japão. EFE/Kimimasa Mayama

Yellen se compromete a colaborar mais com Brasil em esforços contra crise climática

Niigata (EFE).- A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, se reuniu nesta quinta-feira com o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, com o objetivo de aprofundar a cooperação financeira para mitigar a crise climática e o desenvolvimento de infraestruturas, entre outras áreas.

Yellen e Haddad tiveram um encontro bilateral antes do início da reunião dos ministros da área econômica e dos governadores dos bancos centrais do G7 em Niigata, no Japão, para a qual a presidência japonesa convidou ministros de países emergentes como Brasil, Índia, Indonésia e Comores, que ocupa a presidência rotativa da União Africana.

Yellen destacou os laços compartilhados com Haddad como representantes das “duas maiores democracias da América” e que “defendem os valores democráticos tanto em nível interno como externo”, segundo um comunicado do Departamento do Tesouro americano.

Brasil e Estados Unidos “devem trabalhar juntos e com o G7 para enfrentar os desafios globais”, disse Yellen, que ressaltou o papel “crítico” que o país sul-americano pode desempenhar nos esforços para combater a crise climática ao assumir a presidência rotativa do G20 em janeiro.

Fundo Amazônia

Neste sentido, a representante americana lembrou que a gestão presidida por Joe Biden anunciou uma ajuda de US$ 1 bilhão para o Fundo Verde para o Clima e outros US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia.

O secretário do Tesouro americano se referiu ainda a outros objetivos comuns como “construir infraestruturas de qualidade, mobilizar capital para o desenvolvimento e ajudar os países a combater a pobreza no quadro das instituições multilaterais”.

No atual contexto de “riscos e incertezas acrescidos, temos de trabalhar em conjunto para mostrar aos países em desenvolvimento que o G20 pode fornecer soluções práticas”, afirmou Yellen.

Os EUA pretendem também aprofundar as suas relações econômicas com o Brasil “no desenvolvimento da cooperação público-privada” e do “financiamento a longo prazo” através dos mercados financeiros.

Espera-se que a reunião de Niigata, que ocorre até sábado, aborde questões como a insegurança energética, a insegurança alimentar e a inflação global, assim como o financiamento dos esforços de combate à crise climáticas e a ajuda à construção de infraestruturas nos países em desenvolvimento. EFE