Valência (EFE).- A titular do Juizado de Instrução 10 de Valência convocou como investigados os três jovens de 18 a 21 anos detidos na última terça-feira como supostos autores de um crime de ódio, por terem proferido insultos racistas ao atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, no último domingo, no estádio Mestalla.
A instrutora também vai tomar depoimento por videoconferência, na qualidade de parte lesada, do jogador, informou o Tribunal Superior de Justiça da Comunidade Valenciana em comunicado no qual não é informada a data das referidas comparências.
Antes desta declaração, os três investigados deverão comparecer perante o órgão judicial para serem instruídos sobre os direitos que os assistem na aplicação do artigo 118 da Lei de Processo Penal.
O tribunal abriu o processo depois de receber um relatório de um possível crime de ódio elaborado pela Brigada de Informação da Sede Superior da Polícia da Comunidade Valenciana.
A estes procedimentos preliminares juntou-se uma denúncia pelos mesmos fatos apresentada pela Liga Nacional de Futebol Profissional, entidade que já foi incluída no processo como acusação particular.
Da mesma forma, a instrutora concordou em comunicar a instauração do caso ao Ministério Público e emitir um pedido aos tribunais de Madri para habilitar os meios técnicos necessários para permitir que Vini Jr tome declaração por videoconferência, na qualidade de parte lesada.
Por outro lado, em resposta aos procedimentos de investigação solicitados pela Liga na sua denúncia, o despacho reflete que as imagens gravadas dos incidentes já foram recolhidas e examinadas pela Polícia Nacional e foram incorporadas no relatório.
No entanto, a magistrada decidiu enviar uma carta ao Valencia CF a fim de exortá-lo a manter este material audiovisual, a partir do minuto 72 do jogo, caso em algum momento durante a investigação tiver que ser solicitado.
O tribunal também vai convocar o clube de Valência para identificar alguns seguranças que estavam trabalhando no dia do jogo, a fim de convocá-los para depor como testemunhas. EFE
