A espaçonave chinesa Shenzhou-16. EFE/EALEX PLAVEVSKI

Nave tripulada Shenzhou-16 se acopla com sucesso na estação espacial chinesa Tiangong

Pequim (EFE).- A espaçonave chinesa Shenzhou-16, com três astronautas a bordo, se acoplou com sucesso nesta terça-feira à estação espacial Tiangong, segundo informou a Agência Espacial de Missões Tripuladas da China.

A Shenzhou-16 chegou ao seu destino às 16h29 (horário local, 5h29 de Brasília), e realizou uma rápida acoplagem automática à estação espacial, após uma viagem que durou aproximadamente seis horas e meia.

O trio de passageiros a bordo da espaçonave entrará no módulo Tianhe, onde os três astronautas da missão Shenzhou-15 estão preparados para sua chegada.

O lançamento da Shenzhou-16 foi realizado a partir da base de Jiuquan, localizada em uma zona desértica do norte da China, às 9h31 (1h31).

A tripulação, que passará aproximadamente cinco meses em Tiangong, é formada por um veterano com experiência em quatro missões, Jing Haipeng, e dois estreantes, Zhu Yangzhu e Gui Haichao, o primeiro astronauta chinês que não é membro do Exército Popular de Libertação.

Os três “taikonautas” (como são conhecidos os cosmonautas chineses) serão os primeiros tripulantes de Tiangong naquela que será a sua fase de aplicação e desenvolvimento.

A Shenzhou-16 é a sétima nave que visita Tiangong, na qual a tripulação do Shenzhou-15 já aguarda os novos inquilinos para passar-lhes o bastão depois de viver com eles nos próximos dias, uma rotina que será a tônica durante as próximas missões.

Tiangong, que funcionará por cerca de dez anos, deverá se tornar a única estação espacial do mundo até 2024 se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos e à qual a China tem o acesso vetado devido a laços militares de seu programa espacial, se aposentar naquele ano conforme programado.

A China investiu pesadamente em seu programa espacial e conseguiu pousar a sonda Chang’e 4 na face oculta da Lua – uma conquista até então inédita – e chegar a Marte pela primeira vez, tornando-se o terceiro país a alcançar esse feito, depois dos Estados Unidos e da extinta União Soviética. EFE