O jornalista Jesús Martínez (2d) recebe o Prêmio de Cooperação Internacional e Ação Humanitária do rei Felipe VI (2e), na presença da presidente da Agência EFE, Gabriela Cañas (d), e da presidente do Congresso, Meritxell Batet, no dia 15 de junho em Madri. EFE/Juanjo Martín

Prêmios Rei da Espanha de Jornalismo abrem inscrições para edição de 2024

Madri (EFE) .- A Agência EFE e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) abriram nesta quinta-feira as inscrições para os Prêmios Rei da Espanha de Jornalismo, que distribuem 10 mil euros (R$ 52,9 mil) para cada uma das seis categorias, um valor no mesmo patamar do Pulitzer.

Essa é a 41ª edição do prêmio, que reconhece o trabalho de profissionais de jornalismo de línguas espanhola e portuguesa dos Estados que integram a Comunidade Ibero-americana de Nações e dos países com os quais a Espanha mantém vínculos de natureza histórica, culturais e de cooperação.

A presidente da EFE, Gabriela Cañas, destacou a “enorme satisfação” que representa abrir uma nova edição dos prêmios, já que significa “continuar apoiando o exercício do bom jornalismo, criativo, construtivo ou de denúncia. Verificamos isso a cada ano”.

Cañas relembrou, além disso, o trabalho que realiza em cada convocatória o júri “especializado e internacional”, do qual ela faz parte, analisando “até o fundo” os trabalhos apresentados, “para que ganhe a excelência do jornalismo ibero-americano”.

“Obrigado pelo respaldo constante e valioso da AECID, um dos atores fundamentais da cooperação espanhola, que depende do Ministério das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação e ao apoio da Coroa Espanhola, a Agência EFE mantém esses prêmios no mais alto nível de prestígio internacional”, afirmou.

Por sua vez, o diretor da AECID, Antón Leis, destacou a importância desses prêmios, já que ainda existem países onde ser jornalista “pode custar, inclusive, a vida”.

“No ano em que celebramos o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, esses prêmios seguem sendo relevantes para destacar o valor um jornalismo comprometido com a informação verídica, que garanta o direito humano à liberdade de opinião e de expressão, pilar central para construir democracias fortes e inclusivas, além da prioridade de trabalho para a Cooperação Espanhola”, afirmou Leis.

Categorias que vão além de formatos

Os Prêmios Internacionais Rei da Espanha de Jornalismo reconhecem seis trabalhos jornalísticos em seis categorias em formato de texto, digital, em vídeo ou áudio.

O prêmio de Jornalismo Narrativo é concedido à melhor história, em qualquer suporte, que contribua ao direito à informação dos cidadãos e fomente seu interesse geral pelo conhecimento.

O de Cooperação Internacional e Ação Humanitária está destinado a destacar o trabalho que ajude a difundir os valores relacionados com a educação, o esporte, e colabore na criação de sociedades mais justas, coesas e afim de melhorar a vida das pessoas.

O Prêmio de Jornalismo Ambiental distingue as histórias que contribuam para a comunicação de comportamento e modelos de desenvolvimento sustentável, assim como uma maior cultura sócio-ambiental.

Além disso, o Prêmio de Jornalismo Cultural é dirigido aos trabalhos que ajudem a difundir valores relacionados com a cultura e a arte, com o objetivo de criar sociedades mais informadas e de fomentar o pensamento criativo e crítico das pessoas.

A categoria Fotografia premia a melhor imagem ou reportagem gráfica que se destaque por seu particular enfoque e explore todas as possibilidade deste suporte.

Já o Prêmio Internacional de Jornalismo para os Veículos de Comunicação Ibero-Americanos destaca o trabalho dos veículos que publicam em espanhol – assim como em qualquer uma das línguas do Estado espanhol – ou em português.

Três meses para apresentar as candidaturas

As inscrições estarão abertas até 29 de setembro de 2023. Podem concorrer jornalistas dos 22 países ibero-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), Angola, Cabo Verde, Estados Unidos, Filipinas, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Israel, Marrocos, Moçambique, Andorra, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste.

Além disso, poderão apresentar candidaturas associações profissionais de jornalistas, instituições, assim como as unidades de cooperação exterior da AECID e os delegados da Agência EFE nestes países. EFE