Daniel Alves. EFE/ Arquivo/Francisco Guasco

Daniel Alves alega que estava embriagado na noite em que foi acusado de estupro em boate

Barcelona (EFE).- O lateral-direito Daniel Alves alegou, pela primeira vez, que estava bêbado na noite em que supostamente estuprou uma jovem em uma boate em Barcelona, o que poderia ser um fator atenuante para reduzir a pena caso seja condenado por agressão sexual.

Segundo o jornal “ARA” e confirmado por fontes jurídicas, a defesa do jogador brasileiro, liderada pela advogada Inés Guardiola, argumenta que o estado de embriaguez de Daniel Alves prejudicou suas habilidades cognitivas, de modo que ele não estava ciente de suas ações.

A advogada pede a absolvição do jogador perante a Audiência de Barcelona, que o julgará em fevereiro, argumentando que não é verdade que ele estuprou a jovem, que o denunciou na mesma noite dos fatos, em 30 de dezembro de 2022.

No entanto, a declaração indica que o jogador de futebol estava bêbado quando convidou a vítima e seus dois amigos para a sala privada da boate Sutton em Barcelona, em cujo banheiro o estupro supostamente ocorreu, o que, se considerado comprovado, poderia ser uma circunstância atenuante.

Essa circunstância acrescenta um novo elemento às quatro versões que o jogador apresentou aos tribunais sobre o que aconteceu no banheiro da discoteca desde sua prisão em janeiro do ano passado.

Depois de ser preso, ele afirmou que não conhecia a vítima, depois admitiu que conheceu a garota no banheiro da boate sem que nada acontecesse entre eles e, finalmente, quando a juiz confrontou suas explicações com as evidências biológicas, ele afirmou que a garota havia feito sexo oral nele de forma consensual.

Em abril do ano passado, quando os resultados dos exames biológicos que encontraram vestígios do sêmen de Daniel Alves nas partes íntimas da vítima já eram conhecidos, o jogador de futebol novamente prestou depoimento perante o juiz de instrução a seu próprio pedido.

Nesse depoimento, ele admitiu pela primeira vez que havia feito sexo consensual com a vítima por via vaginal e alegou que, na primeira ocasião, havia mentido para esconder sua infidelidade da esposa.

O jogador será julgado na 21ª seção da Audiência de Barcelona entre 5 e 7 de fevereiro. O Ministério Público pede nove anos de prisão para o brasileiro, que é acusado de crime de agressão sexual, e que ele indenize a vítima em 150 mil euros, enquanto a acusação particular exercida pela vítima pede que ele seja condenado a doze anos, a pena máxima por estupro. EFE