Alausí (Equador) nesta segunda-feira. EFE/José Jácome

Deslizamento de terra deixa pelo menos 16 mortos e 7 desaparecidos no Equador

Quito (EFE).- Pelo menos 16 pessoas morreram e sete estão desaparecidas devido ao deslizamento de terra ocorrido no domingo na cidade de Alausí, localizada na região andina do Equador, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Gestão de Riscos.

Em um comunicado, confirmou que 16 pessoas ficaram feridas, enquanto 500 pessoas foram afetadas e 22 perderam tudo.

A Promotoria informou que após o deslizamento de terra registrado em uma colina no cantão de Alausí “até o momento 6 cadáveres foram encaminhados ao Centro Forense. Equipes da Promotoria estão no local coordenando as ações”.

O governador da província andina de Chimborazo, Iván Vinueza, especificou que não tem certeza “de quantas pessoas aparentemente podem estar enterradas. Estamos trabalhando com o Corpo de Bombeiros de todo o país”.

“A área é muito perigosa (…). Nestes dias choveu muito e isso dificultou que tenhamos uma tranquilidade. Além do entupimento da estrada na parte alta de Alausí, é o que tem dificultado até a entrada das pessoas para tentar ajudar”, disse.

Com base em estimativas da Cruz Vermelha, a Secretaria de Gestão de Riscos indicou que 163 residências foram afetadas e ainda estão avaliando quantas foram destruídas após o deslizamento ocorrido na noite de domingo.

Danos são relatados em 150 metros de estrada, enquanto 25% da iluminação pública foi afetada.

Segundo Vinueza, o deslizamento afetou principalmente o bairro de Nuevo Alausí, embora também tenham sido registrados danos em áreas vizinhas.

Alerta amarelo

Ele destacou que durante todo o domingo a evacuação dos habitantes da área foi realizada pela Prefeitura de Alausí, bombeiros e militares.

“Muitas pessoas saíram da cidade, saíram de lá assustadas porque o temor era muito forte”.

A Secretaria de Gestão de Risco indicou que no início de dezembro do ano passado foi relatado um colapso na estrada E35 e, como resultado, em 26 de março foi registrado um deslizamento de terra que afetou vários setores de Alausí, transportando material da área alta de Casual atrás da escola Gonzáles Suárez.

Também lembrou que em fevereiro declarou estado de alerta amarelo ao polígono identificado como suscetível a movimentos de massa nas comunidades de Aypug, Casual e nos bairros de La Esperanza, Control Norte, Nueva Alausí, Pircapamba e Bua.

No último dia 15, foi declarada situação de emergência no cantão de Alausí por 60 dias.

A medida foi adotada com a finalidade de atender, de maneira emergente, as aquisições e contratações para prevenir, reagir e mitigar as emergências nas áreas afetadas pelo evento de movimentação de massa no setor Casual.

Ações de resposta

A Secretaria de Gestão de Riscos coordenou com o Corpo de Bombeiros de oito cidades e foram acionadas as equipes de busca e resgate de Quito e Cuenca.

A polícia de Alausí e Riobamba apoia o trabalho de proteção da população e tem se coordenado com o setor de saúde para atender as pessoas resgatadas.

Foram ativados três alojamentos temporários e foram mobilizadas 100 camas, colchões e equipamentos de dormir para atender os afetados. EFE