Presidente da Argentina reforça apoio a Lula

Buenos Aires, 20 set (EFE).- O presidente da Argentina, Alberto Fernández, ratificou nesta terça-feira seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) antes das eleições de 2 de outubro no Brasil.

“Lucho Arce voltou a ser presidente da Bolívia, Gabriel Boric venceu no Chile, Gustavo Petro venceu na Colômbia e Lula está batalhando no Brasil. Deus queira que tudo corra bem e os brasileiros o acompanhem”, disse Fernández durante uma conferência na universidade The New School de Nova York.

Lula e Alberto Fernández. EFE/Arquivo

O presidente argentino destacou que “é possível” que, caso os resultados eleitorais coincidam com as pesquisas, que apontam Lula como vencedor, se estabeleça uma “linha muito mais simples de comunicação e trabalho” entre México, Brasil e Argentina.

“Hoje isso é um pouco mais difícil, porque os governos não estão alinhados da mesma forma”, reconheceu Fernández, ao reforçar sua intenção de “concretizar” uma moeda comum com o Brasil e os demais países-membros do Mercosul nos próximos anos.

“A integração por meio de uma moeda comum seria maravilhosa e, se conseguíssemos, seria maravilhoso. Seria o começo para sair desses sistemas internacionais que nos ajudam pouco, mas nos punem muito mais”, acrescentou Fernández, em alusão indireta ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ex-presidente Lula lidera intenção de votos

De acordo com o último levantamento do Instituto Ipec, encomendado pela “TV Globo”, a intenção de voto de Lula é de 47%, enquanto a do atual presidente, Jair Bolsonaro, é de 31%.

Em um possível segundo turno, o líder do PT venceria com 54% dos votos, ante 35% do candidato do PL, segundo a mesma pesquisa.

Apesar de todas as pesquisas apontarem para a vitória do ex-líder sindical, Bolsonaro reiterou que vencerá ainda no primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro.

O capitão da reserva do Exército frequentemente questiona a confiabilidade do sistema eleitoral, apesar de não haver denúncia de fraude desde 1996, e a oposição teme que não reconheça o resultado das urnas no caso de uma possível derrota. EFE