Um Boeing 737 MAX pertencente à companhia aérea Spicejet. EFE/Arquivo/Rajat Gupta

Boeing é multada em US$ 200 milhões por 737 MAX

Washington (EFE).- A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) multou nesta quinta-feira a fabricante de aeronaves Boeing em US$ 200 milhões por ter enganado investidores sobre os acidentes envolvendo os modelos 737 MAX.

Em comunicado, a SEC também disse que o ex-diretor executivo da empresa Dennis A. Muilenburg concordou em pagar mais US$ 1 milhão do próprio bolso pela mesma razão.

Um Boeing 737 MAX utilizado pela companhia Spicejet Airlines em 2021. EFE/Arquivo/Rajat Gupta

Declarações falsas sobre acidentes com o 737 MAX

A SEC acusa Boeing e Muilenburg de prestarem falsas declarações após a queda de dois aviões 737 MAX. Um deles da indonésia Lion Air em 2018, no qual morreram 189 pessoas, e outro da etíope Ethiopian Airlines em 2019, no qual 157 pessoas perderam a vida.

Após o primeiro acidente, a companhia e o CEO estavam conscientes de uma função de controle de voo que representava um risco para a segurança da aeronave, mas asseguraram ao público que o avião era “o mais seguro que já voou”.

Após o segundo acidente, Boeing e Muilenburg garantiram publicamente que não havia problemas com o processo de certificação da mesma função, apesar de possuírem informações que indicavam o contrário.

Dessa forma, a SEC alega que a empresa e o CEO enganaram os investidores ao garantir que o 737 MAX era seguro, mesmo estando conscientes dos problemas. EFE