A porta-voz da Casa Blanca, Karine Jean-Pierre. EFE/EPA/Oliver Contreras/Pool

EUA esclarecem que “não há indícios de alienígenas” em objetos abatidos

Washington (EFE).- A Casa Branca esclareceu nesta segunda-feira que “não há indícios de alienígenas ou de atividade extraterrestre” nos três objetos voadores que foram abatidos nos últimos dias nos territórios dos Estados Unidos e do Canadá.


“Não há indícios de alienígenas ou de atividade extraterrestre nesses recentes abates. Eu queria ter certeza de que o povo americano soubesse e é importante que digamos isso aqui”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em sua coletiva de imprensa diária.

Karine Jean-Pierre


Jean-Pierre se pronunciou depois que ontem o chefe do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), general Glen VanHerck, declarou que não havia descartado “nenhuma opção” sobre a origem dos objetos derrubados.


O governo dos EUA derrubou um “balão espião” chinês no último dia 4 de fevereiro sobre as águas da costa da Carolina do Sul e, nos últimos três dias, abateu três outros objetos voadores em seu território e no Canadá, sobre os quais até o momento não foi capaz de confirmar sua origem.


Na mesma coletiva de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, explicou que ainda não foi determinada a origem dos três artefatos derrubados e salientou que, por enquanto, o governo se refere a eles como “objetos “, sem vinculá-los ao “balão espião” chinês.


Segundo Kirby, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que fossem abatidos porque estavam em uma altura que poderiam interferir na trajetória de aviões comerciais, embora não se acredite que representassem uma “ameaça direta” para a população ou para a segurança do país.

Fotografia do 4 de fevereiro de 2023 do “balão espião chinês” em Charlotte (EUA). EFE/Nell Redmond

Os “balões espiões”


O governo Biden acusou o Executivo chinês na semana passada de ter desenvolvido, com o envolvimento das suas Forças Armadas, um programa de balões espiões, que já sobrevoaram mais de 40 países nos cinco continentes.


A esse respeito, Kirby garantiu que Pequim começou a desenvolver esse programa durante o governo de Donald Trump (2017-2021), mas Biden teve que chegar à Casa Branca para que fosse detectado.


“Eles (membros do governo Trump) não o detectaram. Nós o detectamos, nós os rastreamos”, enfatizou Kirby.


Segundo a Casa Branca, no governo Trump, pelo menos três balões chineses sobrevoaram os Estados Unidos, embora o ex-presidente negue.


Por sua vez, a China alega que o “balão espião” que os EUA derrubaram tinha o objetivo de investigar fenômenos meteorológicos e acusou Washington de reagir de forma exagerada ao derrubar os últimos objetos voadores.