Fotografia de arquivo de um incêndio na comuna de Tomé, no Biobío (Chile). EFE/Esteban Paredes Drake

Chile contém focos de incêndio no sul

Santiago, (EFE).- Os incêndios em combate no Chile caem para 53 e a emergência se consolida na “fase de contenção”, embora o alerta de condições meteorológicas adversas para incêndios continue ativo no centro-sul do país, onde 25 pessoas morreram e mais de 400 mil hectares foram queimados em duas semanas.


“Apesar da situação de contenção de emergência devido aos incêndios, continuamos alertas devido à situação meteorológica adversa que afetará o centro do país na sexta-feira e sábado”, disse o subsecretário do Interior do Chile, Manuel Monsalve, em entrevista coletiva nesta quinta.


Para este fim de semana, são esperadas altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes nas regiões de O’Higgins, Maule, Ñuble, Biobío e Araucanía, desde o centro do país até o centro-sul, epicentro dos incêndios, onde novos focos podem ter um alto potencial para se tornarem grandes incêndios.


Monsalve afirmou que as medidas de segurança vão ser reforçadas nas regiões com condições climáticas adversas, com patrulhas preventivas e postos de controle.

Biobío, região mais atingida


Segundo o último relatório do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) do Ministério do Interior chileno, as regiões mais atingidas são Biobío, com 196.337 hectares afetados; Araucanía, com 101.456, Ñuble, com 27.995 e o Maule, com 27.995.


Em um período de verão, os incêndios queimam em média cerca de 100 mil hectares, tornando este ano um dos piores verões de incêndios florestais da história do país.


Os incêndios, além das vítimas mortais, destruíram mais de 1,5 mil habitações e deixaram cerca de 7 mil desabrigados, e os serviços de saúde atenderam cerca de 3.050 pessoas.


Mais de 100 aeronaves continuam destacadas no epicentro dos devastadores incêndios, juntamente com os milhares de brigadistas, bombeiros voluntários e policiais que trabalham na extinção direta dos incêndios ou prevenindo novos focos.


Da mesma forma, Monsalve confirmou que, com a melhora da situação, bombeiros voluntários de outras regiões do país, que se deslocaram para o centro-sul no início da emergência, começaram a deixar a área de maneira escalonada para retornar às suas regiões da origem.