Geraldo Alckmin. EFE/Arquivo/André Borges

Brasil comemora 50 anos de relações com China e pede maior expansão comercial

Brasília (EFE) – O vice-presidente Geraldo Alckmin capitaneou nesta quarta-feira um evento para comemorar os 50 anos de relações diplomáticas com a China, país ao qual incentivou a aumentar o comércio bilateral que vem crescendo constantemente desde 2008.

Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio Exterior, ressaltou que as exportações brasileiras para a China no ano passado ultrapassaram US$ 100 bilhões (cerca de R$ 523,1 bilhões) pela primeira vez e disse que há espaço para mais expansão.

O vice-presidente também destacou o trabalho conjunto dos dois países nas três grandes questões que o planeta enfrenta hoje, que são “a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança climática”.

De acordo com Alckmin, a relação entre Brasil e China é um exemplo de sucesso, amizade, parceria, comércio e investimento.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2008, de acordo com dados oficiais.

O mercado chinês foi o destino de 30% das exportações brasileiras em 2023, quando as vendas para o país asiático totalizaram US$ 104 bilhões (cerca de R$ 544 bilhões), a maioria composta por alimentos e matérias-primas.

Os investimentos da China no Brasil somam cerca de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 209,2 bilhões), que nos últimos anos têm se focado principalmente no setor de energia, onde o país asiático pretende aumentar sua participação.

O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, discursou no evento, onde valorizou a concordância entre os dois países nas principais questões da agenda global.

Zhu destacou, em particular, a visão que atualmente norteia os trabalhos do Grupo dos Vinte (G20), que, presidido este ano pelo Brasil, debate, entre muitos outros pontos, “a necessidade de criar um sistema de governança global mais justo e equitativo”.

O diplomata chinês enquadrou essas demandas no “espírito” que guia o fórum Brics, fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que desde 2009 defende uma maior representação dos países emergentes e em desenvolvimento nas organizações internacionais. EFE