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Fed anuncia que continuará a subir taxas de juro em 2023

Washington (EFE).- O Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed, banco central) continuará a aumentar as taxas de juro neste ano, e o fato de na última reunião ter aumentado em apenas meio ponto percentual – após quatro subidas consecutivas de 0,75 – não é um sinal de que deixará de subir o indicador.

Foi o que disseram vários membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) na sua última reunião em dezembro, segundo informou o Fed na ata do encontro, divulgada nesta quarta-feira.

“Vários participantes enfatizaram que seria importante comunicar claramente que um abrandamento do ritmo de aumento das taxas não é indicativo de um enfraquecimento da determinação do Comitê em alcançar a sua meta de estabilidade dos preços ou de um juízo de que a inflação já estava em uma trajetória persistentemente descendente”, observa o texto.

Uma “flexibilização injustificada” das condições financeiras “motivada por uma má percepção por parte do público da função de reação do Comitê complicaria o esforço para restaurar a estabilidade dos preços”.

Em 14 de dezembro, o Fed anunciou um aumento de meio ponto percentual na taxa de juro oficial, o sétimo desde março, que se mantém em um intervalo entre 4,25% e 4,5%, o nível mais alto em 15 anos, desde dezembro de 2007. Este aumento veio depois de quatro consecutivos de 0,75.

Na entrevista coletiva posterior ao anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, antecipou que haverá mais aumentos das taxas no futuro até ser alcançada “uma política monetária suficientemente restritiva para voltar a uma inflação de 2%”.

De acordo com as projeções do Fed, as subidas das taxas acabarão tendo impacto na inflação. A expectativa é que a inflação neste ano fechará com uma taxa de 5,6% e os preços cairão gradualmente para 2,1% em 2025.

Powell insistiu que estas projeções não falam de recessão porque nelas o crescimento é positivo, embora modesto. EFE