Genebra (EFE).- O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos confirmou nesta terça-feira que ao menos 12 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas nos bombardeios realizados ontem por tropas da Rússia contra cidades ucranianas, e lamentou que muitos ataques foram voltados contra alvos civis.
“É especialmente estremecedor o momento e os locais escolhidos para os ataques, quando as pessoas se dirigiam ao seu trabalho ou às crianças iam para a escola”, afirmou a porta-voz do órgão das Nações Unidas, Ravina Shamdasani.
A fonte também indicou que os ataques contra Kiev, Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia, Sumy e outras regiões, que produziram danos em, pelo menos, 12 infraestruturas energéticas, sendo que algumas ficaram destruídas.
Isso, de acordo com a ONU, são um indício de que houve ataque deliberado contra alvos civis.
“Esses ataques, com o inverno às portas, aumentam a preocupação sobre a segurança dos civis e de populações vulneráveis”, disse Shamdasani.
A porta-voz do Alto Comissariado também insistiu em que tornar alvos infraestruturas indispensáveis para a sobrevivência da população “está proibido pela lei humanitária internacional”.
“Apelamos à Federação Russa a se abster de uma nova escalada no conflito e pedimos que tome todas as medidas necessárias para evitar vítimas civis e danos a infraestruturas não militares”, completou Shamdasani.
De acordo com fontes ucranianas, os ataques desta segunda-feira deixaram 19 mortos e 105 feridos.
Ao todo, 301 assentamentos nas regiões de Kiev, Lviv, Sumy, Ternopil e Khmelnytsky seguem sem energia elétrica, por consequência dos bombardeios.
De acordo com a ONU, desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, foram registrados 6.221 óbitos de civis e 9.371 feridos. EFE