EFE/Arquivo/Andre Borges

Lula classifica guerra no Oriente Médio como “genocídio”

Brasília (EFE) – O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou nesta quarta-feira que a comunidade internacional deve conter o conflito no Oriente Médio, que, segundo ele, não é mais uma guerra, mas um genocídio.

Lula voltou a se referir ao conflito desencadeado pelo ataque do grupo islâmico palestino Hamas contra Israel e garantiu que não se trata mais de discutir quem está certo ou errado ou de saber quem deu o primeiro tiro, mas de pôr fim às hostilidades.

“O problema é o seguinte aqui: não é uma guerra, é um genocídio que já matou quase 2 mil crianças que não têm nada a ver com essa guerra, que são vítimas dessa guerra”, disse Lula durante a instalação do Conselho da Federação, para enfrentar problemas de Estados e municípios com a participação do governo federal.

“Não sei como um ser humano é capaz de fazer uma guerra sabendo que o resultado é a morte de crianças e pessoas inocentes”, insistiu Lula, que desde o início do conflito vem pedindo à comunidade internacional que encontre maneiras de conseguir pelo menos um cessar-fogo.

Ele também frisou a necessidade de abrir um corredor humanitário para permitir a saída da Faixa de Gaza de milhares de civis que procuram fugir do bombardeio israelense e que se reuniram na fronteira com o Egito.

Entre eles estão cerca de 30 brasileiros, que o governo pretende resgatar e repatriar, assim como fez com cerca de 1.500 cidadãos que estavam em Israel quando o Hamas atacou o país. EFE