EFE/ABIR SULTAN

Número de mortes em Gaza na guerra entre Israel e Hamas sobe para 21 mil

Jerusalém (EFE) – O número de mortes na Faixa de Gaza pela ofensiva das forças de Israel na guerra contra o Hamas subiu para 21.110, e o de feridos para 55.243, informou nesta quarta-feira o Ministério da Saúde do enclave palestino.

“Somente nas últimas 24 horas, as forças de ocupação israelenses cometeram 16 massacres contra famílias inteiras, deixando 195 mortos e 325 feridos”, disse Ashraf al Qudra, porta-voz da pasta, que é controlada pelo Hamas, em um comunicado.

As Forças de Defesa de Israel disseram ontem que suas tropas estavam intensificando uma ofensiva em Khan Younis, um reduto do Hamas no sul do enclave palestino, onde acredita-se que Yahya Sinwar, o chefe do grupo islâmico em Gaza, esteja escondido.

Nesta quarta-feira, as autoridades de Gaza denunciaram que os soldados israelenses continuam a sitiar e “aumentaram seus ataques” contra o Complexo Médico Nasser, o mais importante de Khan Younis, temendo que se repita o mesmo padrão ocorrido no hospital Al Shifa, o mais importante de toda a Faixa, que foi desmantelado depois que as forças israelenses encontraram infraestrutura do Hamas em seu subsolo.

De acordo com o serviço de emergência do Crescente Vermelho, “o bombardeio de um prédio residencial em frente ao hospital Al Amal, em Khan Younis, deixou dezenas de mortos e feridos”.

Na mesma região, os andares superiores do principal prédio do Crescente Vermelho foram atingidos nos últimos dias, o que deixou feridas dezenas de pessoas que lá se abrigavam após terem sido forçadas a deixar suas casas por causa do conflito, disse um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira.

Israel mantém sua pesada ofensiva aérea, terrestre e marítima na Faixa de Gaza no 82º dia de guerra, apesar da crescente pressão internacional por um cessar-fogo para aliviar a crise humanitária sem precedentes no enclave palestino.

Ontem, por exemplo, a França pediu a Israel um cessar-fogo e exigiu “medidas concretas” para proteger os civis em Gaza, onde quase todos os habitantes estão desabrigados em meio a uma crise humanitária sem precedentes, com o colapso de hospitais, epidemias e escassez de água potável, alimentos, remédios, eletricidade e combustível em pleno inverno.

A guerra foi iniciada em 7 de outubro com um ataque maciço do Hamas que incluiu disparos de foguetes e a infiltração simultânea de cerca de 3 mil membros do grupo que mataram cerca de 1,2 mil pessoas e sequestraram outras 250, levando-as como reféns para a Faixa de Gaza. EFE