Jerusalém (EFE).- O total de mortos na Faixa de Gaza devido à ofensiva militar de Israel ultrapassou a marca de 21.300, enquanto o número de feridos já soma mais de 55.600, depois de 210 pessoas terem morrido e 360 terem ficado feridas nas últimas 24 horas, informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde do enclave palestino.
O ministério, controlado pelo grupo islâmico Hamas, denunciou em comunicado “20 massacres contra famílias inteiras”, elevando o número de mortos para 21.320 e o de feridos para 55.603 após 83 dias de guerra.
A pasta de Saúde palestina alertou novamente sobre ataques a centros médicos. Pelo menos 142 instalações sanitárias e 104 ambulâncias foram atacadas “deliberadamente” desde o início da ofensiva israelense, há mais de dois meses e meio, deixando muitas fora de serviço.
Além disso, quase uma centena de profissionais de saúde, incluindo diretores de hospitais, continuam detidos pelas forças israelenses, segundo o comunicado.
“A ocupação israelense atacou diversas vezes as proximidades do Complexo Médico Nasser e do Hospital Al-Amal, filiado ao Crescente Vermelho, em Khan Younis” nas últimas horas, acrescentou.
A este respeito, o Crescente Vermelho palestino assegurou que nos bombardeios israelenses perto desse hospital dez pessoas morreram nas últimas horas e 21 ficaram feridas, no quinto ataque em menos de uma semana.
Na quarta-feira foram contabilizados 31 mortos e 25 feridos no “cerco” ao Hospital Al-Amal, muitos deles deslocados pela guerra que procuraram refúgio nas suas instalações, detalhou o comunicado.
A sede da organização humanitária e os arredores deste hospital que gere em Khan Younis, no sul de Gaza, acolhem cerca de 14 mil deslocados, destacou o Crescente Vermelho.
Os ataques da artilharia israelenses causaram na quarta-feira graves danos à sua sede, com numerosos feridos e a destruição do sistema de comunicações, complicando ainda mais o trabalho de serviços como o das ambulâncias, lamentou.
O ataque do grupo islâmico Hamas contra Israel em 7 de outubro terminou com mais de 1.200 mortos e cerca de 240 reféns levados para Gaza.
Israel declarou guerra ao Hamas e lançou uma ofensiva por terra, mar e ar em Gaza que, além deste enorme número de vítimas, forçou o deslocamento de quase 1,9 milhão de habitantes da Faixa, cerca de 85% da população do enclave. EFE
