Gabriel Attal. EFE/Arquivo/OLIVIER HOSLET

França terá mais jovem e 1º homossexual assumido premiê de sua história

Paris (EFE) – O atual ministro da Educação da França, Gabriel Attal, foi nomeado nesta terça-feira pelo presidente Emmanuel Macron para substituir Elisabeth Borne na chefia do governo, e com isso passa a ser o primeiro-ministro mais jovem da história do país.

Aos 34 anos, Attal, ex-militante socialista e considerado um dos colaboradores mais leais do presidente, é o membro mais popular do atual governo e terá a tarefa de revigorá-lo após a adoção, no último ano e meio, de medidas impopulares como a reforma da previdência e a lei de imigração.

Ele será o quarto chefe de governo no mandato de Macron e o segundo desde a reeleição do presidente, em maio de 2022. No primeiro mandato, Edouard Philippe governou de 2017 a 2020, e Jean Castex até 2022.

Attal também se torna a primeira pessoa abertamente homossexual a se tornar chefe do governo – ele tem como companheiro Stéphane Séjourné, um colaborador do presidente que está na lista dos favoritos para liderar a chapa de seu partido para as eleições europeias em junho.

Carreira meteórica

A chegada à chefia do governo marca um novo passo na meteórica carreira política de Attal, que começou há apenas oito anos como porta-voz da campanha eleitoral de Macron.

Ele foi eleito membro do Parlamento, nomeado secretário de Estado da Educação e da Juventude no primeiro mandato de Macron, porta-voz do Executivo em 2020 e ministro das Finanças dois anos depois, antes de assumir o Ministério da Educação há seis meses.

A luta contra o bullying, que ele mesmo admitiu ter sofrido durante seu tempo na escola, tem sido um de seus eixos de batalha, o que aumentou sua popularidade.

Attal ficará à frente de um governo que está sofrendo o desgaste de não ter maioria parlamentar, o que levou sua antecessora a adotar várias leis sem o voto dos deputados e a enfrentar 31 moções de censura em 20 meses, uma das quais foi superada por apenas nove votos.

O novo primeiro-ministro assume o governo em um ano-chave para o país, com a perspectiva dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no meio do ano.

A segurança nesses eventos é uma das principais preocupações do governo, especialmente na cerimônia de abertura, em 26 de julho, que será realizada às margens do Sena. EFE