EFE/MOHAMMED SABER

Ataques de Israel na Faixa de Gaza matam 112 pessoas nas últimas 24 horas

Rafah (EFE).- Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza mataram 112 pessoas e feriram 194 nas últimas 24 horas, elevando para 23.469 o número total de mortos, 70% deles civis, desde o início da guerra no território palestino.

Os feridos são mais de 59,6 mil e estima-se que mais de 7 mil corpos estejam sob os escombros, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo grupo islâmico palestino Hamas.

“A ocupação israelense destrói deliberadamente bairros, infraestruturas, instalações civis e sanitárias, e comete crimes de genocídio e execuções em massa na Faixa de Gaza”, declarou o porta-voz do ministério, Ashraf Al Qudra.

As bombas destruíram 150 unidades de saúde, deixando fora de operação 30 hospitais e 53 centros sanitários, além de terem atingido 121 ambulâncias.

Devido à falta de funcionamento dos hospitais, mais de 707 feridos e 438 doentes foram levados para fora do enclave através da passagem de Rafah com o Egito, a fim de receberem cuidados médicos.

“O número de feridos e doentes autorizados a deixar a Faixa de Gaza é muito pequeno em comparação com os milhares de casos que precisam de atendimento para salvar suas vidas”, disse o porta-voz, estimando em 6,2 mil o número de feridos que necessitam de tratamento no exterior.

Além disso, cerca de 10 mil pacientes com câncer correm risco de vida, porque o Hospital da Amizade Turco-Palestina, especializado em oncologia, está fora de serviço.

“A situação da saúde nos hospitais no sul da Faixa de Gaza é catastrófica e indescritível como resultado da superlotação maciça de feridos e dezenas de milhares de pessoas deslocadas, com a taxa de ocupação de leitos superior a 340%”, declarou Qudra.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) consolidaram seu controle sobre a metade norte da Faixa de Gaza, onde quase não há pessoas, e agora estão concentrando sua ofensiva no centro e no sul, especialmente na região de Khan Yunis, reduto do Hamas.

Os combates e os bombardeios forçaram o deslocamento de mais de 85% dos 2,3 milhões de habitantes do território, a maioria deles no sul.

“O acúmulo de pessoas deslocadas em centros de acolhimento em meio a esse clima frio aumentou a propagação de doenças respiratórias, de pele e de outras doenças infecciosas, representando um perigo mortal para mais de 1,9 milhão de pessoas deslocadas”, finalizou o porta-voz. EFE