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Ataques de drones israelenses matam 7 palestinos na Cisjordânia ocupada

Jerusalém (EFE).- Pelo menos sete palestinos morreram nesta quarta-feira em dois ataques de drones efetuados por Israel no território da  Cisjordânia ocupada, em um dos quais o Exército israelense anunciou ter matado um chefe das milícias locais.

Ainda de madrugada, em uma primeira ofensiva, o Exército israelense atacou um veículo no qual matou três pessoas, entre elas Amed Abu Shalal, a quem considerava o chefe das milícias do campo de refugiados de Balata, na cidade de Nablus.

Shalal iria realizar “um ataque iminente” contra soldados e já havia realizado outros “ataques terroristas” no passado, segundo informou um porta-voz militar de Israel.

Posteriormente, as tropas israelenses invadiram a zona rural, onde fizeram buscas em várias casas e travaram fortes confrontos com residentes palestinos.

Mais tarde, enquanto prosseguia outra forte incursão militar no campo de refugiados de Tulkarem, o Exército de Israel realizou outro ataque aéreo que matou quatro jovens e deixou um número ainda indeterminado de feridos.

Segundo denunciou a agência de notícias palestina “Wafa”, forças israelenses no terreno “impediram que ambulâncias e o Crescente Vermelho entrassem na área para transportar os feridos”.

Desde 2023, aumentaram os ataques de drones de Israel em suas operações na Cisjordânia, uma tática a qual não recorria desde a Segunda Intifada, mas que utiliza cada vez mais em ataques a locais como campos de refugiados, com ruas estreitas e alta densidade demográfica.

A Cisjordânia vive sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, nos primeiros dias de 2024, 41 palestinos foram mortos por disparos das forças israelenses, depois de fechar 2023 com mais de 520 mortes em episódios violentos com Israel, a cifra mais elevada desde 2002.

A tensão na região aumentou ainda mais desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, e desde então um total de 363 palestinos foram mortos por fogo israelense no território da Cisjordânia; e mais de 2.650 foram detidos pelas tropas de Israel, 1.300 deles “suspeitos” de ligações ao Hamas.

Israel assumiu o controle da Cisjordânia em 1967 e, desde então, mantém um longo regime de ocupação e colonização da área. EFE