Sergey Lavrov. EFE/Arquivo/Miguel Gutiérrez

Lavrov rechaça acusações sobre futuro ataque russo contra países bálticos e escandinavos

Moscou (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chamou nesta terça-feira de “absurdas” as acusações sobre um futuro ataque russo contra as três repúblicas bálticas – Lituânia, Estônia e Letônia -, Finlândia e Suécia, todos Países-membros ou candidatos a ingressar na Otan

“O absurdo de tais afirmações é evidente para todos, para qualquer um que tenha uma pequena compreensão da história e entenda os objetivos que anunciamos abertamente, sem esconder, em relação com a operação militar especial na Ucrânia”, disse durante uma mesa redonda com um grupo de embaixadores em Moscou.

Lavrov acrescentou: “Estamos eliminando a injustiça histórica”.

“Eles dizem isso abertamente: ‘Se a Rússia vencer e defender seus interesses nesta guerra, então os próximos serão os Bálticos, Suécia e Finlândia’. Não foi qualquer um, mas o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quem disse isso”, destacou ele, segundo informou a agência de notícias russa “RIA Novosti”.

E acusou os EUA e a Otan de tentarem reescrever a história para transformar os territórios onde os russos viveram “durante séculos” em uma plataforma “para criar ameaças à segurança da Federação Russa”.

Os ministros de Defesa de Estônia, Letônia e Lituânia, importantes aliados da Ucrânia na sua guerra com o exército russo, anunciaram em meados de janeiro a futura construção de uma linha de defesa conjunta do Báltico ao longo das fronteiras com Rússia e Belarus.

Entretanto, o primeiro-ministro da Finlândia, Petteri Orpo, afirmou que não vê “nenhuma ameaça militar imediata da Rússia contra a Finlândia”.

“Na Finlândia dormimos bem à noite porque estamos bem preparados”, disse Orpo durante entrevista coletiva em Estocolmo com o seu homólogo sueco, Ulf Kristersson, e a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen.

O Kremlin classificou recentemente como uma “decisão soberana” da Turquia sua ratificação do ingresso da Suécia à Otan.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na ocasião que a entrada de Suécia e Finlândia na Otan não representava uma ameaça imediata para a Rússia, mas advertiu que Moscou tomaria medidas após a expansão do bloco com base nos desafios que “serão criados”. EFE