Luiz Inácio Lula da Silva (e) e Antonio Guterres, nesta sexta-feira em Kingstown (S. Vicente y Granadinas). EFE/ Bienvenido Velasco

Lula pede a Guterres que ONU ponha “fim imediato ao genocídio em Gaza”

Kingstown (EFE) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que aceite uma moção da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para colocar “um fim imediato ao genocídio na Faixa de Gaza”, onde, segundo fontes palestinas, já morreram mais de 30 mil pessoas, a maioria civis.

“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino”, disse Lula ao plenário da reunião do órgão de integração regional de 33 nações, que está sendo realizada em São Vicente e Granadinas e conta com a presença de Guterres.

“Na Ucrânia, a cada dia que passa, o sofrimento humano e a destruição de casas aumentam”, disse Lula, para depois se referir ao conflito no Oriente Médio.

“As pessoas agora estão morrendo na fila por comida em meio à indiferença da comunidade internacional”, declarou, referindo-se ao incidente de quinta-feira, quando centenas de palestinos morreram enquanto tentavam pegar alimentos na Faixa de Gaza.

Segundo Lula, na qualidade de secretário-geral, Guterres pode invocar o artigo 99 da carta da ONU para levar ao Conselho de Segurança uma questão que ameace a paz internacional, como ele considera ser o conflito no Oriente Médio.

O presidente também pediu ao governo do Japão, que vai ocupar a presidência do Conselho de Segurança, que se junte a esse esforço e que os cinco membros permanentes do órgão “deixem de lado suas diferenças e acabem com esse massacre”.

Lula lembrou que a vida dos reféns mantidos pelo Hamas também está em jogo e afirmou que é necessário libertá-los.

“Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. É preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, acrescentou Lula. EFE