Donald J. Trump. EFE/Arquivo/SHAWN THEW

Trump diz que apenas eleitores, e não a Justiça, poderiam impedi-lo de ser eleito

Miami (EFE) – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (2017-2021) comemorou nesta segunda-feira a decisão favorável da Suprema Corte que impede os estados de excluí-lo das primárias do Partido Republicano e ressaltou que apenas os eleitores poderiam fazê-lo.

“Não se pode tirar alguém de uma disputa. Os eleitores podem tirar a pessoa da disputa muito rapidamente. Mas um tribunal não deveria”, disse Trump, favorito para ser o candidato republicano na eleição presidencial de novembro, em sua residência em Palm Beach, na Flórida.

A Suprema Corte declarou por unanimidade a inconstitucionalidade da expulsão de Trump das primárias republicanas no estado do Colorado, uma decisão que abre caminho para que ele seja eleito o candidato de seu partido à presidência.

O republicano afirmou que a decisão da mais alta corte foi “bem elaborada”, que os juízes haviam “trabalhado duro e rapidamente” em algo “extremamente importante” do “que será falado daqui a 100 e 200 anos”.

O ex-presidente também pediu imunidade presidencial não apenas para ele, “mas para qualquer presidente”.

“Se um presidente não tiver imunidade absoluta, você realmente não tem um presidente, porque ninguém que está servindo” na Casa Branca.

“Um presidente tem que ser livre. Se um presidente faz um bom trabalho, um presidente deve ser livre e celebrado por fazer um bom trabalho (…), e não indiciado criminalmente em quatro processos”, acrescentou, referindo-se às acusações apresentadas contra ele.

A decisão da Suprema Corte foi anunciada na véspera da Super Terça, uma data importante no caminho para a Casa Branca, já que são realizadas primárias em 15 estados dos EUA e no território da Samoa Americana.

A decisão marca a intervenção mais direta da Suprema Corte em uma eleição desde a decisão do caso Bush vs. Gore, que resolveu uma disputa sobre votos na Flórida nas eleições de 2000 e acabou dando a vitória a George W. Bush, que foi presidente por dois mandatos consecutivos, de 2001 a 2009. EFE