Vladimir Putin. EFE/Arquivo/SERGEI ILNITSKY

Putin nega que redução de produção da OPEP+ beneficie países como os EUA

Moscou (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou nesta terça-feira que a redução da extração de petróleo pelos membros da aliança OPEP+ beneficie outros países, como os Estados Unidos, que aumentaram a produção de petróleo bruto.

Putin chamou a atenção para opiniões que alertam que, “como a produção de petróleo é reduzida em um momento em que está crescendo em outros países como os Estados Unidos, a Rússia pode perder mercados”.

No entanto, frisou que se trata de “pontos de vista alternativos” e deu seu respaldo à gestão da OPEP+, aliança formada pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mais dez outros produtores, incluindo a Rússia.

“A OPEP+ realmente nos ajuda a manter os preços do petróleo bruto, a garantir receitas para o orçamento”, disse Putin, em um momento em que o setor russo de petróleo e gás está sob grande pressão devido às sanções ocidentais por conta da guerra na Ucrânia, que colocaram um limite máximo aos preços do petróleo russo.

No início de março, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, anunciou que a Rússia reduziria a extração e as exportações de petróleo em 471.000 barris por dia no segundo trimestre do ano.

Novak especificou que em abril a extração diminuirá em 350 mil barris e as exportações em 121 mil, enquanto em maio o corte na extração ascenderá a 400 mil barris e em junho a 471 mil.

O vice-primeiro-ministro explicou que os níveis de produção serão restabelecidos no futuro dependendo da situação do mercado internacional de hidrocarbonetos.

Moscou já anunciou que iria reduzir voluntariamente as suas exportações de petróleo em 500.000 barris por dia até o final de março, durante a conferência ministerial da OPEP+ realizada em novembro do ano passado.

A cota oficial de extração russa para 2024 no âmbito da OPEP+ é de 9,95 milhões de barris por dia. EFE