EFE/Arquivo/MOHAMMED SABER

Novos ataques de Israel elevam para 32.975 o total de mortos na Faixa de Gaza

Jerusalém (EFE).- Pelo menos 59 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas por ataques de Israel, elevando o número de vítimas mortais desde o início da guerra para 32.975, segundo a última contagem do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

Por sua vez, o total de feridos desde 7 de outubro subiu para 75.577 após somar os 83 registrados em hospitais durante o último dia, de acordo com a pasta de Saúde de Gaza, que estima que existam cerca de oito mil corpos debaixo dos escombros.

A agência de notícias oficial palestina “Wafa” relatou cinco mortos e uma dúzia de feridos em ataques de artilharia contra várias casas em Khan Younis, no sul da Faixa, onde tropas israelenses mantiveram os hospitais Al Amal e Nasser sob cerco durante dez dias, com incursões em seus arredores.

O Exército israelense afirmou hoje ter eliminado e detido supostos combatentes que tentavam fugir desses hospitais e argumenta que o Hamas está utilizando os centros médicos para se reagrupar e se reorganizar militarmente em áreas onde perderam o controle operacional.

Com o mesmo argumento, Israel concluiu na segunda-feira passada uma operação militar de duas semanas no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, o maior da Faixa, que foi destruído e está completamente fora de serviço, e onde equipes de resgate ainda procuram corpos no seu interior.

O Exército israelense alega ter matado ali cerca de 200 supostos combatentes e interrogado cerca de 900 suspeitos, dos quais mais de 500 seriam milicianos; enquanto o governo de Gaza, controlado pelo Hamas, estima em mais de 400 o número de mortos causados ​​pela dura intervenção militar no interior do hospital, embora as operações de recuperação de corpos ainda não tenham sido concluídas.

A “Wafa” também reportou a morte de três pessoas em bombardeios de artilharia contra casas na cidade de Deir al Balah, no centro da Faixa, e na área onde, na manhã de terça-feira, sete funcionários da ONG World Central Kitchen morreram em um ataque “não intencional” de Israel durante uma entrega de ajuda humanitária.

A agência também relatou bombardeios contra residências em vários bairros da Cidade de Gaza, deixando vários feridos que foram transferidos para o hospital Al Ahli, depois que Al Shifa ficou fora de serviço; e que tanques e aviões israelenses também atacaram tendas de pessoas deslocadas em Mawasi, perto de Khan Younis, e em Rafah, no extremo sul do enclave. EFE