Pequim (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, visitará França, Sérvia e Hungria na próxima semana, naquela que será sua primeira viagem à Europa em cinco anos, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério das Relações Exteriores do país asiático.
“A convite do presidente Emmanuel Macron da França, do presidente Aleksandar Vucic da Sérvia, e do presidente Tamás Sulyok e do primeiro-ministro Viktor Orbán da Hungria, o presidente Xi Jinping realizará visitas de Estado” a estes países entre 5 e 10 de maio, antecipou a porta-voz da pasta de Exteriores chinesa, Hua Chunying.
A agenda do presidente deverá começar no dia 6 na França, onde, entre outras atividades, Xi terá encontros oficiais com Emmanuel Macron.
A visita ocorre em um contexto de ligeira aproximação entre a China e a União Europeia (UE) nos últimos meses, embora ainda existam tensões nas áreas comercial, econômica e de respeito aos direitos humanos.
Estas divergências agravaram-se na semana passada, quando a Comissão Europeia anunciou uma investigação sobre o mercado chinês de produtos de saúde para determinar se o país asiático discrimina empresas europeias em licitações públicas deste setor a favor das suas próprias empresas.
A isto somam-se investigações já em curso, como a que se concentra em possíveis subsídios ilegais aos fabricantes chineses de turbinas em relação às condições de desenvolvimento de parques eólicos na Espanha, Grécia, França e Bulgária.
Além disso, em outubro do ano passado, a Comissão Europeia já iniciou uma investigação anti-subsídios de características semelhantes sobre as importações de veículos elétricos da China.
Xi Jinping quase não saiu da China desde o início da pandemia em 2020 e permaneceu no seu país durante os quase três anos em que o gigante asiático impôs a política draconiana de covid zero, que incluiu um fechamento rigoroso das fronteiras.
O presidente chinês retomou a sua agenda de viagens internacionais em setembro de 2022 para participar de uma reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCS) no Uzbequistão e visitar oficialmente o Cazaquistão.
Desde então, esteve em outros países asiáticos, como o Vietnã, e também visitou os Estados Unidos, mas ainda não regressou à Europa, continente cujos principais líderes – tanto dos países como da União Europeia – passaram por Pequim desde que a China reabriu as fronteiras no início de 2023. EFE
