Andrés Manuel López Obrador. EFE/Arquivo/Isaac Esquivel

Obrador diz que “fez de tudo” para salvar refém mexicano na Faixa de Gaza

Cidade do México (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta sexta-feira que seu governo “fez de tudo” para salvar o mexicano Orion Hernández, que era mantido refém pelo Hamas e cujo corpo foi recolhido pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) na madrugada desta sexta-feira.

“Fizemos tudo o que podíamos para libertá-lo, para salvar sua vida, mas infelizmente não foi possível. Essa é a informação que posso dar a vocês, não há mais nenhuma pessoa do México (sequestrada)”, disse o presidente em sua entrevista coletiva diária.

Essas declarações foram feitas depois que as FDI recolheram os corpos de mais três reféns do Hamas nas primeiras horas da manhã, incluindo o de Hernández, que também tem nacionalidade francesa, o brasileiro-israelense Michel Nisenbaum e a israelense Hanan Yablonka, no norte da Faixa de Gaza.

“Sim, temos essa informação, infelizmente, um dos reféns foi encontrado morto, Orion Hernández. Ele, presume-se, está sendo considerado desde os primeiros dias da detenção, do sequestro, foi morto, perdeu a vida”, comentou Obrador.

Além de Hernández, a cidadã mexicana Ilana Gritzewsky foi mantida como refém após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, embora tenha sido liberada em novembro após o primeiro acordo de troca de prisioneiros com Israel.

Naquela época, o governo mexicano indicou que negociaria com Israel e com o Hamas para libertar os cidadãos mexicanos mantidos como reféns.

“Sua companheira, sua amiga, também mexicana, foi libertada, ela já está em Mazatlán, mas no caso dela (Hernández) infelizmente perdeu a vida, esse é o relatório que o Ministério das Relações Exteriores recebeu ontem”, disse o presidente.

Por enquanto, não há mais reféns mexicanos em Israel, mas o governo está mantendo contato com dois cidadãos que foram mantidos reféns desde novembro do ano passado em um navio no mar Vermelho pelo grupo rebelde houthi do Iêmen.

“Temos dois, (em) um barco, também sequestrados, temos comunicação com eles, estão vivos, estão bem, estamos tomando providências, mas desde os atos de outubro do ano passado havia esses dois mexicanos, esse casal, e esse é o resultado”, afirmou Obrador.

Dos 253 sequestrados em 7 de outubro, 121 permanecem na Faixa de Gaza, cerca de 40 deles mortos, de acordo com Israel. Outros quatro são mantidos reféns há anos, dois deles mortos.

O presidente mexicano expressou uma posição “neutra”, na qual ele não condena nem Israel nem o Hamas diretamente. EFE