Teerã (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, disse nesta quinta-feira em Nova York que seu país avisou aos Estados Unidos que iria atacar Israel em retaliação ao bombardeio de seu consulado em Damasco, algo que Washington negou.
“Dissemos claramente através de mensagens aos americanos que a decisão tomada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional encabeçada pelo presidente (iraniano) de castigar o regime sionista (Israel) era definitiva e final”, afirmou Abdollahian em sua chegada a Nova York, onde participará de reuniões da ONU.
“Após a ação punitiva (…) enviamos outra mensagem aos Estados Unidos através dos canais diplomáticos na qual afirmamos que não buscamos uma escalada de tensão na região”, acrescentou o ministro, segundo a agência de notícias estatal iraniana “IRNA”.
O governo dos Estados Unidos negou nesta segunda-feira que o Irã o tenha notificado antecipadamente de quando iria ocorrer o ataque contra Israel e dos alvos que planejava atingir, contradizendo a versão do Executivo iraniano e de outros países vizinhos.
O Irã lançou um ataque com mísseis e drones contra Israel no último sábado, em retaliação ao bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária.
Israel afirmou que responderá ao ataque iraniano, após o que Teerã elevou o tom das suas advertências e, por sua vez, garantiu que tomará medidas contra uma possível retaliação israelense.
Abdollahian está em Nova York para participar em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que irá votar uma resolução apresentada pela Argélia para solicitar a adesão da Palestina como Estado pleno das Nações Unidas. EFE
