Rishi Sunak. EFE/Arquivo/CHRIS RATCLIFFE

Sunak afirma que Netanyahu precisa “fazer mais” para aliviar sofrimento em Gaza

Londres (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou nesta quarta-feira que seu homólogo de Israel, Benjamin Netanyahu, “precisa fazer mais” para aliviar o sofrimento na Faixa de Gaza, mas que não está considerando suspender a venda de armas a esse país.

Em uma declaração à emissora de rádio londrina “LBC”, Sunak descreveu como uma “tragédia chocante” a morte de sete trabalhadores humanitários, três deles britânicos, em um ataque aéreo israelense em Gaza na semana passada, que Netanyahu disse ter sido um acidente.

“(Os trabalhadores humanitários) realizaram abnegadamente missões de ajuda em Gaza e eu também disse repetidamente que a situação em Gaza é cada vez mais intolerável, o sofrimento humanitário que as pessoas estão experimentando não é certo e o primeiro-ministro Netanyahu precisa fazer mais para aliviá-lo. Tenho deixado isso muito claro”, destacou o chefe do governo britânico.

Em resposta aos apelos dos partidos da oposição para que se suspenda as vendas de armas a Israel, Sunak disse que o Reino Unido tem um “processo estabelecido há muito tempo” sobre o regime de exportação de armas e que “não há mudanças”.

“Na verdade, nenhum dos nossos aliados mais próximos suspendeu atualmente as licenças de armas existentes, por isso continuamos a falar sobre estas coisas com os nossos aliados”, acrescentou.

O ministro de Relações Exteriores britânico, David Cameron, disse ontem nos Estados Unidos que havia revisado os últimos pareceres jurídicos sobre a situação no terreno, mas que isso deixou “inalterada” a posição do Reino Unido sobre as licenças de exportação.

O regime de exportação de armas do Reino Unido impediria o fornecimento a Israel se houvesse um risco claro de que os artigos pudessem ser utilizados para cometer ou facilitar uma violação do direito humanitário internacional.

As empresas britânicas contribuem com cerca de 0,02% do total das importações de armas de Israel. EFE