Washington (EFE).- A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu nesta terça-feira ao Congresso para que chegue a um acordo com o governo presidido por Joe Biden sobre o teto da dívida, a fim de evitar uma “catástrofe” para a maior economia do mundo.
“Se o Congresso não abordar o teto da dívida, não há boas opções que o Tesouro ou o governo possam usar para nos salvar de uma catástrofe”, disse Yellen nesta manhã, em discurso em reunião da Comunidade de Banqueiros Independentes da América (ICBA).
Segundo ela, seria uma catástrofe “econômica e financeira” que “reverteria” a recuperação econômica conseguida nos últimos anos e até faria os EUA recuar “ainda mais”.
Biden deverá se reunir nesta tarde com os líderes do Congresso para tentar chegar a um acordo sobre o teto da dívida, antes de viajar amanhã para o Japão para participar na cúpula do G7, embora as posições com os republicanos sejam muito divergentes e não pareça possível chegar a esse acordo.
No seu discurso desta manhã, Yellen afirmou que esta crise é “inteiramente evitável” e recordou que, desde 1960, o Congresso já aumentou ou suspendeu o teto da dívida oitenta vezes, tanto sob gestões democratas como republicanas.
“O Congresso deveria simplesmente voltar a fazê-lo. Aumentar ou suspender o teto da dívida não autoriza o governo federal a aumentar a despesa. Permite simplesmente que cumpra os compromissos (de despesa) existentes”, sublinhou Yellen.
O atual teto da dívida de US$ 31,4 bilhões já foi atingido em 19 de janeiro. Consequentemente, o governo está atualmente utilizando o dinheiro das suas reservas para pagar as dívidas contraídas.
O Departamento do Tesouro calcula que estas reservas estarão esgotadas em 1º de junho, embora Yellen tenha admitido nesta manhã que é “impossível prever” o momento exato em que será impossível para o governo continuar fazendo pagamentos. Se isso acontecer, os Estados Unidos entrarão automaticamente em calote, o primeiro da sua história
