Lula nesta segunda-feira, no palácio do Planalto. EFE/ Andre Borges

Lula acusa Israel de matar inocentes em Gaza “sem critério nenhum”

Brasília (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou nesta segunda-feira o governo de Israel de matar civis inocentes “sem critério nenhum” na Faixa de Gaza, de onde o Brasil conseguiu retirar um grupo de 32 pessoas que embarcaram hoje em um avião com destino a Brasília.

Lula, que se referiu ao conflito durante discurso em um evento oficial na capital, condenou mais uma vez os ataques do grupo islâmico Hamas contra civis israelenses no dia 7 de outubro, aos quais tachou de “terroristas”, mas também criticou a resposta do governo israelense.

“A solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi a do Hamas, porque ela está matando inocentes sem critério nenhum. Jogar bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que o terrorista está lá, não tem explicação”, declarou Lula, em um momento em que Israel está cercando um dos principais centros médicos de Gaza.

Por outro lado, Lula comemorou a repatriação nesta segunda-feira de um grupo de 32 pessoas, entre brasileiros e familiares, que conseguiram sair de Gaza no domingo e embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira no Cairo com destino à Brasília.

“Hoje é um dia muito feliz para nós brasileiros. Conseguimos resgatar as 32 famílias que estavam na Faixa de Gaza. Eles deverão chegar hoje à noite em Brasília. Tinham 34 pessoas, mas uma mãe e uma filha, por assuntos pessoais, não quiseram vir. Estamos trazendo o que foi possível liberar com muito sacrifício, porque dependia da boa vontade de Israel”, comentou.

Lula pretende receber o grupo na noite desta segunda-feira na chegada à capital, onde os repatriados receberão apoio psicológico e médico.

Da mesma forma, o presidente prometeu repatriar todos os brasileiros que estão em Israel e na Palestina e que desejam sair da região.

“Agora vamos ver se ainda há pessoas na Cisjordânia”, afirmou.

Desde o início do conflito, o Brasil já repatriou 1.477 cidadãos, segundo números da Presidência da República. EFE