Um soldado israelesense. EFE/AYAL MARGOLIN

Soldados israelenses matam 2 palestinos que abriram fogo contra eles, diz Exército

Jerusalém (EFE).- O Exército de Israel informou, nesta sexta-feira, que suas tropas mataram dois “terroristas” palestinos que abriram fogo contra um grupo de soldados na Cisjordânia ocupada.

“Dois terroristas chegaram recentemente de carro ao cruzamento de Zeit, perto de Hebron, e dispararam contra as forças que ali operavam. Combatentes do Batalhão de Reserva 8106 dispararam e mataram os dois terroristas”, explicou o porta-voz militar.

“As forças também confiscaram a arma do tipo Carlo com a qual foi realizado o tiroteio. Não há vítimas entre as nossas forças”, acrescentou.

Este incidente surge na sequência de um ataque palestino a tiros, ontem, em um acesso a Jerusalém, no qual um soldado israelense foi morto, outros cinco membros das forças de segurança ficaram feridos e três agressores palestinos foram mortos.

Por outro lado, o episódio de hoje ocorreu após tropas israelenses terem realizado um extenso ataque militar na cidade de Jenin, na Cisjordânia, durante o qual mataram ao menos três palestinos.

De acordo com a agência de notícias oficial palestina “Wafa”, as forças israelenses cercaram o principal hospital da cidade durante o ataque, exigindo sua evacuação e interrogando pessoal médico e examinando ambulâncias.

Por seu lado, o Exército israelense anunciou que suas tropas realizaram uma “extensa operação antiterrorista” em Jenin, durante a qual suas forças atacaram “um esquadrão de terroristas armados que dispararam contra eles” e, em um incidente separado, “neutralizaram terroristas que abriram fogo e atiraram explosivos” contra as tropas.

O Exército explicou ainda que, durante a operação, “terroristas e homens armados fugiram em veículos e ambulâncias para a área do hospital Ibn Sina para aí se esconderem”. Diante disso, as forças os perseguiram e conseguiram parar um veículo na entrada do hospital.

Questionado pela Agência EFE, o porta-voz militar não deu informações sobre o suposto cerco ao centro médico.

Os ataques militares israelenses na Cisjordânia têm ocorrido quase diariamente desde o ano passado e se intensificaram ainda mais desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, na sequência do ataque brutal do Hamas em solo israelense.

Desde então, mais de 200 palestinos foram mortos e mais de 2,7 mil feridos na Cisjordânia em incidentes violentos com as forças de segurança israelenses ou com colonos judeus na área.

Israel deteve mais de 1.750 palestinos na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, mais de mil dos quais se acredita estarem ligados ao Hamas. EFE