O campo de refugiados Al Maghazi, no sul da Faixa de Gaza. EFE/Arquivo/MOHAMMED SABER

Ataques israelenses das últimas 24h deixam mais de 200 mortos e 380 feridos em Gaza

Jerusalém (EFE).- Pelo menos 210 pessoas morreram e 386 ficaram feridas nas últimas 24 horas devido aos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, que se concentraram principalmente na cidade de Khan Younis, a principal do sul do enclave.

Com os novos números, o total de vítimas desde o início da guerra, em 7 de outubro, sobe para 25.700 mortos e 63.740 feridos, enquanto cerca de 8.000 pessoas estão desaparecidas sob os escombros, de acordo com a última contagem do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Os intensos confrontos armados e ataques em Khan Younis, cidade onde as tropas israelenses completaram ontem o seu cerco, também ocorrem nos arredores de hospitais da região, como Al Nasser e Al Amal.

Naquela região, foram registradas nas últimas horas 50 mortos e 120 feridos, segundo a agência de notícias oficial palestina “Wafa”.

O Crescente Vermelho palestino denunciou que três deslocados internos morreram e outros dois ficaram feridos pelos ataques em frente ao portão da sede da organização em Khan Yunis, que está localizada na área do Hospital Al Amal.

Grupos como os Médicos Sem Fronteiras (MSF) expressaram preocupação com a segurança das pessoas dentro do hospital Al Nasser, devido aos contínuos bombardeios nas suas proximidades, o que está impossibilitando a chegada de feridos ao centro de saúde.

Do outro lado, o Exército israelense informou nesta quarta-feira que as suas tropas continuam a intensificar as operações contra o Hamas em Khan Younis e em seu campo de refugiados.

“As tropas mataram numerosas células terroristas com disparos de franco-atiradores, tanques e aeronaves”, enquanto as forças aéreas “ajudam as tropas terrestres a frustrar ameaças iminentes e a atacar infraestruturas terroristas”, detalhou um porta-voz militar.

O Exército israelense acrescentou que continuou operando também no norte de Gaza durante o último dia, onde aviões israelenses “mataram numerosos terroristas sob a direção terrestre de tropas”. EFE