Moscou (EFE).- O Kremlin denunciou nesta terça-feira que a “atividade terrorista” de Kiev segue em curso, mas garantiu que os militares russos estão alertas, ao comentar as incursões e ataques com drones ucranianos ocorridos nas vésperas das eleições presidenciais na Rússia.

“Nossos militares estão fazendo tudo o que é necessário. O sistema de defesa aérea funciona. É claro que continuam a atividade terrorista, as tentativas de atacar instalações civis por parte do regime de Kiev”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva por telefone.

Um total de dez regiões russas, incluindo Moscou e Leningrado, foram atacadas por drones ucranianos de asa fixa na noite passada.

O Ministério da Defesa russo informou que pelo menos 26 aeronaves não tripuladas foram abatidas.

De acordo com os militares russos, o ataque aéreo massivo foi acompanhado por incursões terrestres nos territórios de Belgorod e Kursk, ambos na fronteira com a Ucrânia.

“Formações terroristas ucranianas, com o apoio de tanques e veículos blindados de combate, tentaram invadir o território da Federação Russa”, disse a pasta de Defesa em seu canal no Telegram.

Os agressores, segundo acrescenta o relatório militar, foram repelidos pelas tropas russas, que, com o apoio da aviação e da artilharia, causaram 60 vítimas mortais.

Horas antes, três milícias de voluntários russos que lutam com a Ucrânia contra as forças do Kremlin anunciaram uma nova incursão em território russo na qual teriam assumido o controle de uma cidade na região fronteiriça de Belgorod, segundo o ex-deputado russo exilado Ilyá Ponomariov.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) informou, por sua vez, que nos últimos dois dias matou mais de uma centena de milicianos ucranianos que realizaram várias incursões nas regiões de Belgorod e Kursk. EFE