Dina Boluarte. EFE/Arquivo/Paolo Aguilar

Presidente peruana renova seu gabinete após semana com 21 mortes em protestos

Lima (EFE).- A presidente do Peru, Dina Boluarte, renovou seu gabinete nesta sexta-feira com a troca dos titulares de três ministérios, em meio à escalada de violência nos protestos antigovernamentais que somam quase 50 mortos desde dezembro, 21 deles na última semana.

Em um ato no Palácio do Governo, anunciado minutos antes de sua realização, Boluarte empossou Vicente Romero Fernández, Luis Alfonso Adrianzen e Nancy Tolentino, para ocupar as pastas do Interior, do Trabalho e da Mulher, respectivamente, após aceitar a renúncia de seus antecessores.

O primeiro a anunciar a saída do gabinete liderado pelo primeiro-ministro Alberto Otárola, e que foi empossado na terça-feira pelo Congresso, foi o agora ex-ministro do Trabalho, Eduardo García Birimisa, que apresentou na quinta-feira sua carta de demissão e pediu a Boluarte que pedisse pede desculpas e reconhecesse os erros na resposta de seu governo aos protestos exigindo sua renúncia.

A pasta do Interior será ocupada por Romero Fernández, que substituirá Víctor Rojas Herrera e terá o grande desafio de dirigir a Polícia Nacional Peruana (PNP) e a resposta institucional aos protestos.

O Interior é o ministério com mais mudanças desde que Boluarte assumiu a presidência do país em dezembro do ano passado, quando Rojas Herrera foi empossado há pouco mais de três semanas para substituir César Augusto Cervantes, que durou apenas dez dias no cargo.

Romero Fernández é general reformado da PNP e foi ministro do Interior durante três meses no mandato do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018).

No Ministério do Trabalho, García, que foi enfático ao defender que o país precisa de “uma mudança de rostos em sua direção e uma antecipação das eleições” ao apresentar sua renúncia, foi substituído pelo advogado Adrianzen, que até então ocupava o cargo de secretário-geral do gabinete de Otárola e anteriormente havia sido nomeado assessor do Ministério da Defesa, quando este era chefiado pelo agora primeiro-ministro.

Já o Ministério da Mulher e Populações Vulneráveis ​​passará a ser dirigido pela psicóloga Nancy Tolentino, que em 2012 foi diretora-executiva de um programa da mesma pasta. EFE