Uma das beneficiárias do projeto mostra alimentos produzidos em seu quintal durante o evento de entrega de 120 unidades nesta quinta-feira, em Recife. EFE/Suape

Pernambuco investe R$ 3,4 milhões produção alimentar sustentável para famílias vulneráveis

Recife (EFE).- O estado de Pernambuco, através do Complexo Industrial Portuário de Suape, investiu R$ 3.383.463 em um projeto para a instalação de quintais ecoprodutivos que garantirão a produção sustentável e a segurança alimentar de 3.200 pessoas em situação de vulnerabilidade social, segundo fontes oficiais.

O projeto, desenvolvido em parceria com a  Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2, instituição ligada à Igreja Católica, foi lançado em outubro de 2021 e entregou, nesta quinta-feira, mais 120 quintais a moradores de comunidades do território estratégico da companhia estatal, que deve concluir a entrega das 80 unidades restantes até maio deste ano, totalizando 300.

Entre as ecotecnologias implantadas como parte do projeto estão galinheiros móveis, fornos ecológicos, cisternas, entre outras. 

Além de incentivar a produção de alimentos de forma sustentável, o projeto também tem como objetivo gerar renda para as 300 famílias que serão beneficiadas através da comercialização dos excedentes, criando dezenas de pequenos negócios nos municípios do entorno do complexo industrial portuário.

“É uma ação de sustentabilidade que dá segurança alimentar às famílias. Por isso, pretendemos levar esse modelo de agricultura familiar adiante, por meio da captação de novos parceiros”, afirmou a secretária-executiva da entidade, Neilda Pereira da Silva, durante a cerimônia de entrega dos ecoquintais.

O ato, realizado no Palácio dos Manguinhos, na capital pernambucana, também contou com a participação do diretor-presidente de Suape, Marcio Guiot, e do arcebispo de Olinda e do Recife, dom Fernando Saburido.

Durante o evento, dezenas de agricultores que integram o projeto puderam, ainda, expor e comercializar os alimentos produzidos por eles.

A dona de casa Eliane Gonçalves de Araújo, moradora do Engenho Minas Novas, em Ipojuca, afirmou que o fogão ecológico instalado em sua casa mudou sua rotina e permitiu que passasse a cozinhar com economia. 

“Esse projeto é uma bênção na minha vida, pois agora produzo muitas comidas para vender. Estou muito feliz com essa conquista. O fogão funciona bem e não deixa o ambiente enfumaçado”,  disse ela, de acordo com um comunicado emitido pela Suape, considerado o porto público mais estratégico do Nordeste.

Além da implantação do projeto de ecoquintais, a parceria com a instituição religiosa prevê a modernização dos cinco laboratórios de ecotecnologias em comunidades do município do Cabo de Santo Agostinho.

Nesses locais, onde serão instalados sistemas de irrigação eficientes e com  geração de energia fotovoltaica, as famílias aprendem a cultivar diversos alimentos e a comercializar produtos derivados de sua produção. EFE